Deep Purple In Rock completa 50 anos. Mais um grande clássico do rock chega a meio século de existência.
Quarto disco de estúdio da banda inglesa, traz 8 faixas (sete, originalmente) com todos os ingredientes clássicos do Purple: Riffs de guitarra empolgantes, linha de baixo consistente, fraseado virtuoso nos teclados, bateria insana e vocais poderosos. Além disso, marca a entrada de Roger Glover e Ian Gillan, quando o grupo entra em sua fase mais criativa e prolífica, originando a chamada “Mark II” (ou “MK II”), considerada sua formação mais clássica.
O peso do disco faz com que muitas vezes ele seja apontado como o primeiro disco de Heavy Metal. Embora a afirmação seja fonte de intermináveis debates, é consenso que o álbum influenciaria o Heavy Metal de maneira muito direta. Além disso, é um dos marcos do que veio a se chamar Hard Rock.
A CAPA
A capa traz os rostos dos cinco integrantes do Purple à época substituindo os rostos dos quatro presidentes americanos no Monte Rushmore, localizado em Keystone, no estado norte-americano de Dakota do Sul.
CONTEXTO
Os três primeiros trabalhos do Purple, embora tragam bons momentos, não haviam sido marcantes o suficiente alavancar as vendas ou aumentar o público de forma mais substancial.
A banda havia acabado de passar por uma mudança de integrantes, com a saída do vocalista Rod Evans e do baixista Nick Simper, co-fundadores da banda presentes nos três primeiros discos (esta formação ficou conhecida como “Mark I” ou simplesmente “MK I”).
A entrada de Ian Gillan e Roger Glover lançou a banda a um novo patamar, com uma química sonora não alcançada até então. Além disso, In Rocks sinaliza outra importante mudança na estética musical, em direção a um rock mais pesado.
O grande responsável por esta mudança foi Ritchie Blackmore, que a partir de então passa a ditar os rumos musicais da banda, diferente do que havia acontecido nos 3 primeiros discos, que saíram mais de acordo com as concepções de Jon Lord, que era um dos virtuoses do Purple, ao lado de Blackmore.
FAIXA A FAIXA
Speed King – O disco abre com esta verdadeira pedrada. Antes do riff marcante – e Blackmore é um dos mestres dos riffs – um fraseado veloz de guitarra, com pitadas de influências de blues e música erudita.
Bloodsucker – Mais um riff direto e agressivo, influenciado por riffs clássicos de blues, com aquele elemento de repetição que dá movimento à música.
Child in Time – A música com mais cara de rock progressivo, uma influência que transparece nos três primeiros álbuns mas que, com exceção desta faixa, está ausente neste. Não à toa é também a mais longa, com diversas mudanças de clima onde a banda explora bem a dinâmica. Destaque para o alcance e controle vocal de Ian Gillan.
Flight of the Rat – Faixa que fornece a base para solos sensacionais de Lord e Blackmore. A bateria marcante de Paice ajuda a intensificar o poder desta música, uma das mais bacanas e empolgantes do disco.
Into the Fire – É a canção mais curta e também a mais sem rodeios. Termina com um típico lick de blues de Blackmore.
Living Wreck – Conta com uma das linhas de baixo mais marcantes deste trabalho, sem deixar de trazer os riffs de guitarra que caracterizam este disco.
Hard Lovin’ Woman – Traz o tipo de riff “cavalgado” que inspiraria o Iron Maiden e outras bandas de metal.
Black Night – A faixa não consta na edição original do álbum, mas foi incluída em sua edição de aniversário de 25 anos, em 1995. Um dos maiores hits do grupo, até hoje executado por incontáveis bandas em bares e pubs enfumaçados. Lançada como single antes do lançamento do álbum, alcançou o segundo lugar nas paradas britânicas.
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